"Em tudo somos dois. Duas pessoas, dois seres dentro do mesmo corpo. Isto gera conflitos interiores em nós, é o que nos faz questionar e aceitar simultaneamente o mesmo acontecimento. É o que nos faz mudar de vida ou assentar. É o que nos faz sentir insatisfeitos e sentir que somos felizes. Uma balança que pende consoante o peso da vida, do vento, da disposição, da consciência, do sentimento. Uma balança que pende mesmo contra aquilo que desejamos.
Temos nós assim tanto poder de mudar de vida quando o queremos? Há um ano atrás era peremptória na resposta. Diria que sim, que podemos mudar, se é para melhor então, porque não haveríamos de o fazer? Um poder que julgava sentir, como se a vida fosse simples e fácil. Tão simples como salvar o mundo. Não é.
Em tudo somos dois. Isso explica porque entendo num dia e no outro não aceito. Isso explica porque um dia agradeço tudo o que me deste e no outro reclamo tudo o que me tiraste. Isso explica porque num dia entro e no outro saio do que é nosso. Isso explica as palavras e o silêncio. Isso explica o amor e a mágoa. Isso explica porque sinto ter tanto de ti num momento e no outro as mãos vazias.
Tudo na vida são opções, sei que são, mas existem opções que por motivos demasiado importantes não nos são permitidas. E eu balanço entre o coração e a razão. A razão que não permite, o coração que não aceita e grita desesperado. A razão que aceitou e seguiu por outra estrada, o coração, prisioneiro, que derrama sangue pelo caminho e mesmo carregado de dor, olha para os pingos de sangue e ainda têm a estúpida esperança de que os possas ver, seguir... e salvá-lo."
Encontrei este texto aqui ... e não posso deixar de o partilhar.
O que sinto e como me sinto...
Sei que não tenho facilidade em me exprimir por escrito, e todas as palavras encontradas no blog onde este texto está, conseguem traduzir tanto tanto ...
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